Domingo o voto na CDU<br> 19 de Outubro nas ruas por Abril

Francisco Lopes (Membro da Comissão Política)

O reforço da CDU nas eleições autárquicas do próximo dia 29 tem uma importância acrescida

Portugal é atingido pela política de direita e de abdicação nacional ao serviço do capital monopolista, num caminho de desastre e afundamento que coloca a necessidade da ruptura e da adopção de uma política vinculada aos valores de Abril, concretizando o projecto que a Constituição da República consagra.

Face à situação do País e à sua evolução, é necessário transformar permanentemente o descontentamento e a indignação em protesto, luta, intervenção. Cada um tem um papel e pode contribuir para decidir da mudança que se impõe.

Muita gente perante a situação pergunta: o que podemos fazer? A resposta é simples, é necessário agir e no futuro próximo, entre tantas outras possibilidades de intervir, dois acontecimentos da maior importância constituem uma oportunidade para o fazer: no próximo domingo, dia 29 de Setembro, as eleições autárquicas; no dia 19 de Outubro, sábado, a grande jornada de luta convocada pela CGTP-IN.

Duas oportunidades de uma resposta e uma acção que não devem faltar.

Quando o Governo PSD/CDS-PP usa a demagogia e fala de sinais de recuperação para tentar ocultar o afundamento que se aprofunda, quando é por demais evidente o propósito do agravamento da exploração e do empobrecimento, quando a realidade aponta um rumo de desastre do País, impõe-se uma alternativa.

Essa alternativa existe, tal como o PCP propõe. Uma política patriótica e de esquerda e um governo capaz de a concretizar.

Na grave situação que o País atravessa o reforço da CDU nas eleições autárquicas do próximo dia 29 tem uma importância acrescida.

As eleições determinam a composição e orientação dos órgãos do poder local com todo o impacto que daí resulta para o desenvolvimento dos municípios e freguesias e para as condições de vida das populações. Simultaneamente constituem uma oportunidade para expressar a opinião de reprovação duma política realizada ao longo de décadas a partir do governo pelo PS, PSD, CDS-PP, que conduziu e conduz ao agravamento da exploração, ao empobrecimento e ao desastre nacional. Uma oportunidade para afirmar o sentido de uma ruptura que coloque Portugal no caminho do desenvolvimento, da soberania, no rumo vinculado aos valores de Abril que a Constituição da República Portuguesa consagra.

O voto na CDU é a opção certa e indispensável, seja pelo que representa no plano do poder local, seja como sinal claro e inequívoco de condenação da política de desastre nacional, seja como indesmentível afirmação da exigência de um caminho novo para o País.

A acção da CDU, o trabalho, a honestidade, a competência, são indispensáveis no poder local e são ao mesmo tempo uma demonstração daquilo que faz falta ao País.

A CDU, a Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV, formada pelo Partido Comunista Português e o Partido Ecologista «Os Verdes», com a participação da Associação Intervenção Democrática e de dezenas de milhares de cidadãos sem filiação partidária, é a garantia na defesa dos interesses das populações e do desenvolvimento dos concelhos e freguesias.

Neste tempo de incerteza e insegurança no futuro, a CDU é a certeza e a segurança de um apoio e de um voto que servirá sempre para defender os interesses das populações.

É a certeza e a segurança de um apoio e um voto que servirá sempre para defender os interesses dos trabalhadores, do povo e do País, para dar força à luta que continua por um Portugal mais desenvolvido e mais justo.

As eleições autárquicas com toda a sua relevância, além dos seus objectivos específicos, integram-se numa processo de luta mais amplo e mais profundo.

A CGTP-IN decidiu convocar para dia 19 de Outubro uma grande jornada de luta, uma marcha Por Abril, contra a exploração e o empobrecimento, com expressão em Lisboa e no Porto, que constitui desde já uma resposta à altura da grave situação actual.

Pouco tempo após as eleições autárquicas, no seguimento da apresentação pelo Governo do Orçamento do Estado para 2014, quando a política de agravamento da exploração, empobrecimento e desastre nacional se desenvolve, a CGTP-IN convoca os trabalhadores e apela ao povo português, a todos os que são atingidos pelos partidos da troika, para que venham à rua manifestar a sua indignação e protesto.

A situação exige a participação e mobilização de todos pela ruptura com a política de direita, a rejeição do pacto de agressão, por uma política patriótica e de esquerda, no processo de luta por uma democracia avançada, com os valores de Abril no futuro de Portugal, tendo no horizonte uma sociedade socialista.

Um processo exigente, assente na força das massas populares e no papel e reforço do Partido Comunista Português.




Mais artigos de: Opinião

O ano de quem?

Um spot publicitário ouvido segunda-feira pela manhã na Antena 1 lembrou-me que está a decorrer o Ano Europeu dos Cidadãos, uma iniciativa da Comissão Europeia. Fosse por estar ainda dessintonizada com a realidade ou por simples desmemória, o facto é que a minha primeira...

Dias negros

A passada segunda-feira era o dia em que o Governo tinha jurado a pés juntos que Portugal «ia regressar aos mercados». Mas afinal não foi! Não espanta que assim seja! Os «mercados», ou seja o grande capital financeiro que enriquece à custa da crise, da...

Bloco 4, 3.º esquerdo

Boa tarde, somos da CDU e estamos aqui para dar a conhecer os nossos candidatos e as nossas propostas. Foi com estas palavras que se iniciou o diálogo com a família que abriu a porta do 3.º esquerdo, no Bloco 4 do bairro de habitação social daquele concelho. Pai e mãe...

Os salta-pocinhas

Não sabemos quantos são, mas sabemos que são sempre os mesmos. Vivem numa azáfama constante transitando dos corredores do poder político para os corredores do poder financeiro, ou seja, do grande capital. Nos intervalos sempre encontram um confortável cargo nas empresas...

Instigação ao terror

O Paquistão voltou a exigir o fim dos ataques com drones perpetrados pelos EUA. Em nota enviada ao CS da ONU na semana passada, Islamabad relembra uma evidência gritante que a pena afiada da comunicação dominante faz por rasurar: tais actos violam a «soberania do Paquistão e o...